E aí, plenamente vivos?

Quem se lembra de uma brincadeira tão utilizada entre as crianças, quando  a partir de um comando teria que se agachar, quando falasse morto e levantar,  quando falasse vivo? Nessa brincadeira de criança ficam bem definidas as posições e em relação à vida espiritual nem sempre nos encontramos plenamente vivos ou plenamente mortos, mas podemos estar adoecidos espiritualmente e nem nos darmos conta disso. Sabe aquela doença silenciosa que quando se descobre, muitas vezes o prognóstico é de morte? Então, assim é quando não nos damos conta que há um adoecimento espiritual acontecendo.

A bíblia nos adverte sobre o cuidado ao estarmos de pé para não cairmos, pois até ao olhar o cair do outro, nem percebamos que também podemos estar à caminho da queda, “Portanto, aquele que pensa que está de pé é melhor ter cuidado para não cair” (I Cor 10:12).

Quando pensamos em sinais de adoecimento espiritual, já somos levados a pensar em alguém sem desejo de ler a palavra, sem ânimo para ir ao culto ou com algum comportamento diferente, no entanto, podemos estar  praticando  rituais de devocionais, indo à igreja, cantando, orando etc  e na verdade,  estarmos  adoecendo espiritualmente e não  percebermos, pois pode ser que já não estejamos fazendo com a alma.

É possível estarmos adorando com o coração enegrecido por sentimentos destrutivos e que não são confrontados por nós, às vezes saímos da igreja tristes, com raiva e achamos que só porque fomos para outro lugar a nossa adoração estará sendo aceita, quando na verdade estamos em trevas, pois deixamos situações para serem resolvidas e que nos afasta de Deus, esse é um dos caminhos do adoecimento espiritual.

Examine-se e perceba se realmente o que tem feito tem sido com a alma, com o coração, com sinceridade, pois certa vez Deus advertiu o seu povo de que este estava adorando-o com os lábios, mas o coração estava longe dele, “Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim…” (Mat 15:8).  Preste atenção se você tem olhado as coisas de uma forma mais crítica. Quando começamos a ficarmos insatisfeitos com tudo e passamos a questionar  o culto,  o pastor,  a liderança, os irmãos, a igreja , esse também é um sintoma silencioso de adoecimento espiritual.

Rituais nos leva à sensação de dever cumprido, então cuidado!   Embora seja importante mantermos uma rotina de oração e leitura para a manutenção de uma vida espiritual saudável, porém, isso vai além de rituais, tem a ver com sinceridade diante de Deus, comunhão com Ele  e, consequentemente ,com as pessoas, pois do contrário, estaremos mentindo para nós mesmos, uma vez que isso significa estar em trevas com Deus, “ Aquele que diz estar  na luz e odeia seu irmão, até agora, está em trevas” (I João 2:9).

Como diagnosticar se se trata de algo silencioso, que vem se instalando aos poucos? Bom, podemos pensar em  algumas dicas; preste atenção se tem conseguido identificar seus sentimentos, emoções, como raiva, tristeza, decepção etc  e tem conseguido se confrontar com isso, nas orações.  Tem tido conversas sinceras com Deus?  Precisamos de uma vida constante de devoção ao Senhor, mas Deus sabe onde verdadeiramente está nosso pensamento, sentimento e desejos.

Sinceridade sobre o que pensamos, sentimos e agimos é a chave para uma vida espiritual saudável. No livro “Uma vida com propósitos” o autor nos diz que Deus não espera de nós perfeição, mas sinceridade.

Fazer uma análise profunda sempre, sobre como me sinto pode me  manter numa vida espiritual  saudável  e  definir se estamos vivos, mortos ou morrendo.

E aí, vivo ou morto?

 

Rubenita Lacerda Souza, casada com Waldeci Antônio de Souza, mãe do Abner e da Débora, avó de Lara, Pedro e Samuel, é Psicóloga Clínica e faz parte da Capelania Prisional e do Ministério Vida Pastoral Geral. Congrega na IAP Vila Joaniza.

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